segunda-feira, 7 de março de 2011

Saúde

03/03/2011
Estudo amplia lista de danos causados pelo diabetes
Doença aumentaria a ocorrência de derrames, tumor de fígado e mama e infecções no pulmão e nos rins, além de reduzir sobrevida de pacientes.


  



Controle do diabetes: pacientes com a doença devem monitorar as taxas de açúcar no sangue constantemente (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)
A hipótese mais provável é que o diabetes enfraqueça o sistema imunológico, debilitando o organismo frente à ação de microorganismos invasores
Pesquisa publicada no periódico científico New England Journal of Medicine concluiu que o diabetes pode reduzir em até seis anos a sobrevida dos portadores da doença que já passaram dos 50 anos. O estudo, conduzido pela Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, descobriu que, no público analisado, o mal duplica a ocorrência de ataque
cardíaco, derrame e tumor de fígado e aumenta em 25% os riscos de câncer de mama, além de facilitar o aparecimento de infecções e doenças no pulmão e nos rins.
Os pesquisadores ainda discutem, porém, o mecanismo que leva o diabetes a aumentar a incidência dos problemas citados. A hipótese mais provável é que o mal enfraqueça o sistema imunológico, debilitando o organismo frente à ação de microorganismos invasores. O assunto será tema de estudos futuros.
"O diabetes está relacionado a uma variedade muito ampla de ocorrências médicas", diz John Danesh, coordenador da equipe de pesquisadores. Ele afirma que o conceito que liga a doença apenas a problemas cardíacos está ultrapassado. "Para nossa surpresa, o diabetes tem muitas outras implicações à saúde."
Para empreender o estudo, os especialistas analisaram dados de 820.900 voluntários que participaram de cem estudos dos Estados Unidos e na Europa. A maioria era portadora do diabetes tipo-2, forma mais comum da doença, que leva o organismo a produzir quantidades insuficientes de insulina para o controle do açúcar no sangue – o que pode provocar danos aos nervos e vasos sanguíneos, causando problemas cardíacos.
Dra. Christiane Sobral é coordenadora do Centro de Diabetes do Hospital Sírio-Libanês

Fonte: VEJA

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